“Uma parte do meu coração não me avisou que assim seria: conhecer os temporais pra ter alguma calmaria.”

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Palavras sempre são insuficientes para falar sobre o processo de autoconhecimento. ⁣

A verdade é que essa caminhada é extremamente libertadora e a saída para todos os nossos problemas.⁣

Mas não é fácil. Não é fácil. Dói bastante!⁣

Aprender é difícil e, muitas vezes, nós sabemos o que fazer e ainda assim não fazemos. ⁣

Sabemos a resposta e ainda assim escolhemos o autoengano. ⁣

Os resultados nem sempre são tão rápidos. Quanto mais profunda é a questão, mais tempo se demora para curá-la. ⁣

Não se cura tudo de uma vez, mas sim em camadas. Como uma cebola, onde removemos pétala por pétala. ⁣

E há de ser assim mesmo, pois tudo de uma vez não damos conta. ⁣

São milhares de vidas repetindo os erros, mergulhados na ignorância da nossa inconsciência. ⁣

É natural que um porão que não é aberto há milhares de anos tenha muita poeira e coisa que não serve mais. Tem também tanta coisa de um velho tempo que nem sabemos mais o que significa, pra que serve. ⁣

Limpar esse porão é sufocante, cansativo, turbulento. ⁣

O início do caminho nós flertamos com a porta desse porão. Mas quando chegamos no ponto de abri-lo, é como se entrássemos num mar revolto: nos afogamos. ⁣

Quando estamos prestes a morrer, um gole de ar nos revive e conseguimos subir de novo pra superfície. Achamos que estamos salvos. ⁣

Logo vem outra onda. E nos leva pro fundo de novo.⁣

Assim ficamos ali, como um bicho que fica se debatendo após ser pisoteado. ⁣

É preciso ter disposição para morrer, ressignificar a morte e entender como um processo NECESSÁRIO. ⁣

Morrer pro que dói, morrer pras histórias que estão vinculadas a essas dores, morrer para a ilusão do eu. ⁣

O Eu não existe. Somos todos um. ⁣

Afetamos e somos afetados, o tempo todo. Fazemos doer e nos dói. Nem sempre no mesmo momento, mas tudo é a mesma coisa. ⁣

E quando é que vamos acordar, hein? Quando é que vamos acordar?

danielle.carneiro@gmail.com