A dor do abandono

O coração de Joana pulsava como há muito não sentia. Estava perdidamente apaixonada!⁣

Ela tinha certeza de que tinha encontrado o amor de sua vida. ⁣

Começaram a viver momentos deliciosos. Muitas juras de amor e cada dia a certeza maior de que dessa vez era pra valer. ⁣

Aos poucos, os problemas começaram. ⁣

Uma chamada de atenção aqui e outra acolá e Joana tratou de se adequar. Afinal, numa relação é preciso ceder. ⁣

Não se passou muito tempo e Joana já estava totalmente irreconhecível. ⁣

Se moldou completamente para aquela relação na tentativa de manter aquele conto de fadas. Mas ficou cada vez mais difícil. ⁣

Logo as pessoas notaram que Joana estava sem vida. Perdeu peso, vivia chorando pelos cantos, sempre 100% voltada para o relacionamento. ⁣

Até que aconteceu o pior: o companheiro de Joana decidiu romper. Seu mundo desabou. ⁣

Quando criança, Joana viveu um trauma de assistir a morte de seu pai. Afogou-se numa piscina quando ela tinha apenas 3 anos de idade. ⁣

Ele era a pessoa que Joana mais amava. Mesmo tão pequena, registrou o abandono. ⁣

A dor foi tão grande que Joana desenvolveu uma grande raiva do masculino. Não era justo seu pai morrer e abandoná-la. ⁣

A dor do abandono ficou registrada e ela passou a atrair essa situação em diversos relacionamentos na vida adulta.

danielle.carneiro@gmail.com