Primeiro eu precisei aprender o que era estar na polaridade feminina.
Eu tive que começar a ser mais honesta comigo mesma.
Uma parte queria ser independente e dar conta de tudo, enquanto outra queria tanto ser cuidada e ter tempo pra fazer coisas que, antes, me soavam como machistas.
Eu precisei desconstruir minhas crenças.
Ok, eu já provei para mim e ao mundo que tenho um lado racional forte, capaz, que dou conta de me virar sozinha. Isso me trouxe bons frutos, alcancei coisas que valorizo hoje.
Mas de repente comecei a notar certo prazer em outras coisas: arrumar minha casa, fazer comida, tornar meu lar acolhedor, cuidar de mim, do meu corpo, da minha saúde.
Eu sempre tinha tantas coisas pra fazer que o tempo era insuficiente pra eu cumprir com tudo, que nunca me restava tempo para fazer nada disso e, quando eu tinha que fazer, era “uma coisa a mais”, “um peso a mais”.
É como se fosse pesado ser mulher. Mas eu comecei a entender que pesado mesmo era querer fazer tudo sozinha.
Quando comecei a me dar conta DE VERDADE do meu cansaço, perceber o quanto eu queria ter tempo pra fazer as coisas mais lentamente e até tempo para não fazer nada, foi muito transformador.
Daí comecei a entender o que é estar na polaridade feminina. Há tarefas que são mais naturais para as mulheres, é como se fosse uma habilidade inata: maternar, cuidar, acolher, nutrir.
Homens conseguem fazer? Sim. Mulheres conseguem fazer coisas mais naturais aos homens? Sim também. Mas o que é natural acaba sendo mais leve.
Descobri ainda que, estar na polaridade feminina, era, em essência, estar conectada ao SENTIR. Mais no corpo, menos na mente.
Comecei a dar mais espaço para essas tarefas do dia a dia e fiz uma descoberta importante: ser feminina tinha deixado de ser natural pra mim.
Algumas coisas eu precisei me esforçar tanto pra fazer e eu percebi que tinha “perdido a conexão com esse feminino natural”.
Mas eu estava decidida a virar esse jogo, então comecei a exercitar esse lado, sabendo que é um processo, que os resultados não viriam da noite pro dia, e que precisava do meu empenho.
Nesse momento, eu percebi que queria muito um homem que estivesse na polaridade masculina, mas como eu poderia exigir isso se eu ainda não estava na polaridade feminina? Como devia ser chato para um homem se relacionar com uma mulher com essa conduta…
Aceitei que ainda não estava no ponto que eu gostaria de estar e baixei imediatamente o meu nível de exigência com os homens. Eu ia atrair o homem masculino na medida que eu estivesse no meu feminino.
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