Eu não queria mais um homem na polaridade feminina

Eu sempre fui uma pessoa insatisfeita com os meus parceiros. Sempre exigente e parecia que eles nunca eram bons o suficiente.

Eu ia lá e fazia do meu jeito. Sabe quando a gente faz tudo, da melhor forma, pega uma super carga só pra mostrar pro outro como se faz? Era eu.

Parece que isso não surtia efeito. Eles continuavam vivendo como se nada tivesse acontecido e eu ficava sobrecarregada, cansada e um pouco mais insatisfeita.

Eu os via como acomodados. Queria que eles se movessem, queria que eles resolvessem as coisas. No fundo eu queria poder descansar!

Foram muito anos de trabalho de cura emocional, onde eu fui voltando pro meu feminino. Mas foi no último ano que eu realmente dei um salto.

Primeiro, porque eu realmente me percebi cansada e reconhecendo que eu tinha chegado no meu limite desse jogo. O jogo de ficar na polaridade masculina e dar conta de tudo.

Quando cheguei nesse limite, eu tive coragem de assumir pra mim mesma que eu não só queria um homem, como eu PRECISAVA dele.

Esse passo foi muito importante, porque enquanto eu não me rendesse, esse passo rumo ao QUERER de verdade não seria dado.

Por trás desse comportamento, que é um padrão para muitas mulheres, há um grande desprezo pelos homens, no fundo há uma crença de que eles são “uns bananas”.

Eu precisei ir ao meu limite de cansaço e ouvir meu feminino chorar dentro de mim dizendo que não aguentava mais, pra sair desse lugar de arrogância e começar a respeitar o masculino, valorizar sua força e reconhecer seu lugar de importância na minha vida.

Foi aí que, estudando, descobri que eu queria um homem na polaridade masculina e que, pra isso, eu precisava sair dessa polaridade (pelo menos dentro das relações). Comecei a entender cada papel e fui reconhecendo que alguns papéis eram mais naturais e confortáveis pra mim, enquanto outros estavam muito pesados. Foi uma surpresa, pois antes minha obstinação inconsciente não me permitia enxergar as coisas dessa forma.

Um homem na polaridade masculina ama servir, ama fazer uma mulher feliz, ama resolver problemas, está focado em sua vida, tem a mente direcionada para frente e para o futuro, busca crescer.

Quando entendi isso, ficou claro que era isso que eu queria! Junto foi me surgindo uma vontade de servir a um homem assim também. E isso me motivou a fazer a grande mudança que eu precisava fazer: dar lugar ao meu feminino e deixar meu masculino descansar.

Ali começou uma jornada desafiadora e de profundas e sutis descobertas dentro de mim, que vou seguir contando aqui nos posts.

P.S.: eu sei que esse assunto pode ser muito polêmico e pode incomodar bastante algumas mulheres. Não caia nessa, por favor. Estou aqui falando sobre mim e sobre o meu processo, apenas. Caso isso ressoe com o que você pensa e sente, ótimo. Se não ressoar, apenas descarte e seguimos felizes e com respeito à escolha de cada um.

P.S.: não esquece de curtir e comentar! O engajamento de vocês está me motivando em continuar contando.

danielle.carneiro@gmail.com