“Devemos honrar pai e mãe.”
“Não se pode odiar pai e mãe. Eles são sagrados.”
Esse tipo de frase nos é ensinada desde que somos criancinhas.
Porém, somos humanos. É impossível passar essa vida sem nunca ter experimentando o sentimento de ódio.
Na infância, quando o ego ainda é imaturo, a criança anseia por amor exclusivo e é incapaz de ser altruísta.
Quando suas necessidades não são atendidas, ela se frustra, sente-se rejeitada, não amada o suficiente e, logo em seguida, odeia.
Esse ódio normalmente é direcionado às pessoas que ela mais ama.
Nesse momento, cria-se um importante conflito na psique, que é o amor versus o ódio.
A criança sente vergonha e culpa desse sentimento INVOLUNTÁRIO e tende a reprimi-lo no seu inconsciente.
Quando adulto, esses sentimentos reprimidos são os principais causadores de todos os conflitos internos e externos.
Tudo poderia ser diferente se, desde crianças, em casa, pudéssemos falar abertamente sobre o ódio e nos permitíssemos senti-lo.
Quando se sente ódio, não significa que não se ama. Não são sentimentos excludentes.
Você pode amar e odiar a mesma pessoa. Essa é uma das maiores dualidades da vida.
Negar e reprimir os sentimentos é a causa de todos os males do nosso corpo emocional.
Por isso, não apenas para o seu filho, mas também para a sua criança ferida que vive dentro de você, eu sugiro:
Não tenha medo do seu ódio. Permita-se senti-lo. Ele não é a totalidade de você. Acolha-o.
Garanta um futuro com saúde emocional.