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Finalizando histórias mal acabadas

Às vezes acontece de você ir num restaurante e cruzar com aquela sua ex-amiga do segundo grau, ou ir numa palestra de grávidas e encontrar um amigo que você abandonou sem explicação, ou pensar diariamente em pessoas que recentemente “te feriram” e perceber que aqueles pensamentos repetitivos estão tirando sua paz. Tem aquelas pessoas que depois de anos você se dá conta de que não agiu legal com elas. E pode ter uma irmã ou irmão que você tem palavras entaladas e tá sempre esperando aliviar pra ter uma conversa, mas nunca alivia e você percebe que tá procrastinando.

Andei fazendo um limpa no meu coração.
Busquei várias dessas relações mal acabadas e resolvi que queria esquecê-las. Não as pessoas, mas a história, os fatos, o incômodo. Listei, e dei atenção uma a uma.
Com algumas dessas pessoas eu entrei em contato e falei abertamente. Admiti que agi mal e que hoje faria diferente. Pedi perdão.  Para outras eu fiz ho’oponopono, especialmente para aquelas que eu entendi que me feriram ou para aquelas que eu sabia que não havia abertura nem maturidade pra ter uma conversa consciente. Teve algumas que eu vi que ainda não estava pronta (e não queria) resolver ainda. Deixei quieto. Por hora.
As conversas que não conseguiam ser leves mas que tinham que ter, eu falei como dei conta, me preparando antecipadamente para aceitar as consequências disso. Corri o risco, paguei o preço e fui surpreendida com ótimos resultados.
Nenhuma dessas atitudes foi movida por culpa ou por ódio ou por ressentimento, nem teve intenção de reconciliação ou de tentar voltar ao passado. Antes de tudo eu busquei praticar o autoperdão,  aceitando que agi de acordo com a consciência que eu tinha naquele momento. Depois disso, entendi que algumas palavras precisavam ser ditas e algumas histórias precisavam ser devidamente finalizadas.

Acontece que em 2018 eu conheci um novo tipo de amor e à medida que dou vazão a ele, menos tem sentido ficar mantendo esse tipo de coisa dentro de mim. Ele tá me fazendo uma faxina à medida que vou deixando.
E por conta disso tudo, o que quero para 2019 é amar ainda mais!

E você, quantas contas abertas tá carregando ano após ano? Como tá o peso dessa bagagem?

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