Os momentos mais difíceis do autoconhecimento são quando percebemos que somos nós que estamos causando o nosso sofrimento.
Ficamos perplexos. É um misto de asco, culpa e alívio. Somos desmascarados por nós mesmos. Às vezes, até o chão some.
Isso nunca para de acontecer, pois a caminhada é constante. A única coisa que podemos fazer é já estarmos preparados para descobrir onde nós estamos nos causando sofrimento.
O prazer negativo é uma camada muito profunda da psique. Não é algo que possamos ver de forma clara. Exige remover as muitas camadas que há por cima para que possamos descortiná-lo.
Minha proposta é trazer um norte. É contar o que há no fim do túnel para que você saiba o que procurar.
Eu falo muito da dor emocional e o prazer negativo fica situado ainda mais abaixo. É fundo mesmo, meus amigos.
Assim como Prem Baba, gosto de pensar no nosso apego ao sofrimento como o vicio em droga. Apesar de saber que aquilo está causando muito sofrimento, não se consegue deixá-la porque há uma grande parte de prazer.
Sim, o sofrimento pode ser terrível. E é terrível e doloroso pensarmos na hipótese de que nós mesmos estamos sentindo prazer nisso. Mas é verdade.
Não estou desmerecendo a dor de ninguém. Eu sou humana e também tenho minhas dores. Sei também que tem pessoas que não conseguem por si só encontrar saídas, em estados graves de depressão. Essas precisam de medicamento para conseguirem se mover.
Mas o que quero que fique bem claro é: não importa qual seja e qual o tamanho do sofrimento. Para você sair dele, você terá que, em algum momento, encarar esse prazer. Só assim poderá escolher abrir mão do prazer e deixar o sofrimento ir embora.
Para os depressivos, que o remédio seja um apoio para que consigam corajosamente enfrentar essa caminhada.
Pratique autoconhecimento. Faça terapia. Esse é o caminho de libertação.