Hoje tive uma sessão terapêutica e observei algo que fez muito sentido pra mim.
Na sessão, eu vivia um processo onde eu precisava visualizar um barco.
O meu era uma canoa simples, porém ela estava partida.
Eu estava na proa do barco, me equilibrando para não cair, pois o espaço era pequeno.
O pior de tudo, é que quebrado ele não conseguia se deslocar.
Minha intuição explicou: um lado era o meu pai e do outro lado era a minha mãe.
Eles estavam desunidos e eu precisava escolher em qual lado ficar. Independente do lado escolhido, eu abandonava um deles. Dura decisão.
O barco era a minha vida, o meu caminho. Eu precisava que ele estivesse inteiro para seguir adiante.
Meus pais são casados até hoje, mas o que minha criança registrou foi que não havia união. E que eu precisava escolher um dos lados.
O maior problema é que ambos fazem parte de mim e são amados por mim.
Me senti dividida e precisei escolher. Doeu trair um deles. Senti que traí a mim mesma.
Ficou claro que essa questão estava bloqueando que uma área da minha vida fluísse: o propósito.
Foi aí que entendi que a desunião dos pais cria ruptura no filho e traz sofrimento.
O que é da relação dos pais, não deve ser transferido para a vida dos filhos, independente de estarem casados ou não.
O que precisa é de união, para que a criança não tenha que se dividir, nem sentir que precisa cuidar de um deles, pois esse não é o seu papel.
Mesmo em casais separados, isso é possível.
Com uma constelação familiar, criamos essa união e meu barco fluiu em direção ao seu destino.
Não há desculpas para ficar esperando que o mundo mude para que nossas coisas possam acontecer.
Quando eu resolvo dentro de mim, tudo se resolve, tudo flui.
Já estou ouvindo o barulhinho de fichas caindo por aí, tô certa?