Tem que aceitar a vulnerabilidade

Me lembro claramente do dia que eu entendi isso. ⁣

Eu estava numa imersão terapêutica cujo tema era “Masculino e Feminino”.⁣

Eu andava tão cansada de me defender e de atacar o outro nas minhas relações, sabe?⁣

Eu nem conseguia evitar, antes que eu pudesse pensar, já estava eu lá atirando minhas palavras grotescas sobre o outro. ⁣

Depois fui começando a perceber que antes de reagir, eu tinha me sentido machucada. ⁣

Como estratégia de solução, meu ego escolheu a agressividade para se defender. Só que toda vez que eu reagia dessa forma, depois eu sentia culpa e mais isolada eu ficava, mais rejeitada eu era. ⁣

Entendi que o meu maior medo era estar vulnerável. Se outro percebesse isso então, era a morte. ⁣

Eu detestava ser vista como fraca. Eu rejeitava a minha fraqueza. E por isso me mostrava sempre forte. Além da medida. ⁣

Eu vinha pedindo aos céus pra me ajudar a mudar isso em mim. ⁣

Foi aí que, com uma técnica chamada “virada de spin”, a minha terapeuta girou o polo de energia concentrado no meu chakra do plexo solar (com a minha permissão). ⁣

Foi uma providência divina!⁣

Depois desse dia, eu percebi que não reagia mais como antes. Não era uma coisa tão irracional mais. ⁣

Eu passei a conseguir perceber a reação antes dela acontecer. Comecei a fazer novas escolhas. ⁣

Acho que foi aí que eu comecei o meu caminho de renúncia da guerra que eu tinha contra o masculino. ⁣

Eu escolhi aceitar ser vulnerável. É claro que essa não é uma escolha qualquer. ⁣

Eu escolhi isso porque entendi e vi claramente que todas as minhas defesas não passavam de uma ilusão. ⁣

Enquanto eu achava que me defendia de ser machucada, na verdade eu me impedia de viver. ⁣

Me permitindo ser vulnerável, eu estava dizendo que estava disposta a sentir as dores que estavam escondidas dentro de mim. ⁣

Eu tirei a armadura e larguei o escudo. E disse pra vida: pode vir quente que eu tô fervendo!⁣

danielle.carneiro@gmail.com