Me lembro claramente do dia que eu entendi isso.
Eu estava numa imersão terapêutica cujo tema era “Masculino e Feminino”.
Eu andava tão cansada de me defender e de atacar o outro nas minhas relações, sabe?
Eu nem conseguia evitar, antes que eu pudesse pensar, já estava eu lá atirando minhas palavras grotescas sobre o outro.
Depois fui começando a perceber que antes de reagir, eu tinha me sentido machucada.
Como estratégia de solução, meu ego escolheu a agressividade para se defender. Só que toda vez que eu reagia dessa forma, depois eu sentia culpa e mais isolada eu ficava, mais rejeitada eu era.
Entendi que o meu maior medo era estar vulnerável. Se outro percebesse isso então, era a morte.
Eu detestava ser vista como fraca. Eu rejeitava a minha fraqueza. E por isso me mostrava sempre forte. Além da medida.
Eu vinha pedindo aos céus pra me ajudar a mudar isso em mim.
Foi aí que, com uma técnica chamada “virada de spin”, a minha terapeuta girou o polo de energia concentrado no meu chakra do plexo solar (com a minha permissão).
Foi uma providência divina!
Depois desse dia, eu percebi que não reagia mais como antes. Não era uma coisa tão irracional mais.
Eu passei a conseguir perceber a reação antes dela acontecer. Comecei a fazer novas escolhas.
Acho que foi aí que eu comecei o meu caminho de renúncia da guerra que eu tinha contra o masculino.
Eu escolhi aceitar ser vulnerável. É claro que essa não é uma escolha qualquer.
Eu escolhi isso porque entendi e vi claramente que todas as minhas defesas não passavam de uma ilusão.
Enquanto eu achava que me defendia de ser machucada, na verdade eu me impedia de viver.
Me permitindo ser vulnerável, eu estava dizendo que estava disposta a sentir as dores que estavam escondidas dentro de mim.
Eu tirei a armadura e larguei o escudo. E disse pra vida: pode vir quente que eu tô fervendo!