Desde que comecei o caminho do autoconhecimento, essa foi a primeira dor identificada.
Ela estava em todas as áreas da minha vida: amigos, amores, família, trabalho.
Bastava uma crítica pra eu me sentir rejeitada.
Não sei com você, mas comigo sempre doeu demais!
Ainda hoje dói. Não consegui curá-la completamente. Estou no caminho.
Por trás dela, tem o sentimento de que não somos amados. Ela é irmã da dor da inadequação.
Parece que ser como a gente é, é errado. Tem uma voz que diz que a gente tem que mudar.
“Você não tá acertando. Muda!”
Como entendemos que se formos nós mesmos não seremos amados, passamos a detestar quem somos também.
E daí fica um nível pior ainda de dor: o da autorrejeição.
Poxa, dá um trabalho danado a gente perceber o quanto a gente se rejeita e aprender a se amar do jeitinho que a gente é.
Às vezes é preciso tocar um “foda-se” pra opinião alheia.
Às vezes dói tanto, que a gente prefere excluir a pessoa da nossa vida, pra não ter que lidar com essa dor.
Ela vem da nossa infância. Em algum momento a gente entendeu isso na convivência com nossos pais. Talvez nem tenhamos sido rejeitados mesmo, mas foi assim que entendemos.
Hoje eu quero falar com todas as pessoas que possuem essa dor.
Quero que você se sinta abraçado. Quero que saiba que eu te entendo.
E que a gente tenha força pra se permitir sentir essa dor e deixar ela transformar a gente.
Que um dia, tudo isso vire passado. E que possamos rir de quando isso nos tocava tanto.
Que tenhamos dias melhores