É uma grande ironia da vida que nós tenhamos que fazer tanto trabalho para voltar a ser o que já somos em essência: o amor.
Como pudemos nos perder tanto a ponto de ter que reaprender a amar?
Pois eu, cada dia mais, tenho percebido que amar é uma escolha muito corajosa.
Sim, pois quando abrimos nosso coração para alguém entrar, estamos correndo riscos.
Risco de sermos feridos, abandonados, traídos. Risco certo de que a pessoa que a gente ama pode morrer a qualquer momento.
E se uma dessas coisas acontecerem, iremos sentir dor.
Portanto, amar é estar vulnerável a sentir dores. E aprender a sentir a dor é aprender a morrer.
Passamos a vida lutando contra a morte. E quanto mais a gente luta contra ela, menos a gente vive.
Essa noite minha pequena teve febre de quase 40º. Eu, vulnerável que sou e completamente escrava desse amor que sinto por ela, tive medo dela morrer. E senti dor.
Me questionei porque eu fiz essa escolha de ter uma filha. Eu confesso que não sabia onde estava me metendo… (e sei que esse é um pensamento comum das mães e pais em momentos delicados).
Foi só um instante. Porque eu escolho viver esse amor, sabe? Escolho correr esses riscos, mesmo que eu sofra. Escolho sentir e deixar a vida passar por mim, porque se eu me acovardar, o que será de mim?
Não nasci pra ter uma vida insossa. Eu nasci pra ser quem sou e EU SOU AMOR.