Eu já nem estava mais com ele, mas estava sofrendo muito com o rompimento.
Mesmo sendo traída, foi ele quem não me quis mais.
Também, pudera. Uma pessoa sem amor próprio acaba sendo repelente.
Minha sensação era de que ele se esforçava pra me ver ainda pior.
Cada passo que eu dava me reerguendo, parecia que ele tentava me destruir e me manter na lama.
Fui a uma imersão terapêutica e ele estava lá. Nos intervalos, eu ia para o quarto chorar por não poder estar mais com o homem que eu amava.
De repente, vi ele se engraçando para uma colega.
De noite, no meu quarto, eu tive um sonho.
Aparentemente eu tive uma viagem astral e visitei o quarto dele. Lá eu vi os dois enroscados num ato sexual.
Quando acordei, não sabia se era verdade.
Mas a dor estava ali. Pungente. Eu sangrava de dor.
Num movimento terapêutico, a dor emergiu. Berrei com as profundezas do meu ser. Senti.
O que doía era ver que o homem que eu amava queria me machucar.
Eu tinha em mente que ele fizera aquilo de propósito.
Dois dias depois entrei em contato com a tal colega e confirmei: eles haviam sim tido uma noite juntos.
Meu mundo caiu e muitas coisas aconteceram.
Mas foi só alguns anos depois – dois – que encontrei aquele aspecto em mim: de sentir prazer em machucar uma pessoa que me amava.
A gente só atrai o que vibra – no consciente ou no inconsciente. Eu tinha essa informação em mim e por isso vivi essa história.