Eu já estava vivendo uma outra história.
O diálogo era muito difícil e, por isso, não conseguíamos resolver nossas questões.
Certa vez, ele combinou que iria a um aniversário comigo e falou pra eu ir na frente.
Comprei nossa bebida e fui.
A noite foi passando e nada dele chegar. As mensagens que eu enviava não eram entregues.
Às 3 da manhã, ele me responde dizendo que caiu no sono.
No dia seguinte, bem sem querer, a verdade cai no meu colo: vejo uma foto dele num bar, com uma turma grande, onde eu conhecia metade das pessoas que estavam junto.
Doeu muito. Terminei. Dias depois voltamos a ficar juntos.
Mas os problemas do relacionamento persistiam.
Certo dia, numa sessão de terapia, pude ver claramente como eu sempre tinha desejos de vingança, mas nunca permitia expressá-los.
Claro, né? Vingança é uma coisa ruim que não devemos fazer.
Mas ao ver o quanto eu tava só levando chumbo na cabeça e nada do outro ter consciência disso, tomei uma decisão:
RESOLVI EXPERIMENTAR A VINGANÇA COM CONSCIÊNCIA.
Sim, eu queria saber que sensação era aquela e ver o que eu aprendia com aquela situação.
Ele ia viajar e me pediu pra levá-lo no aeroporto. Eu disse que sim.
Desliguei o celular, fui tomar uma cerveja e só liguei o celular novamente no dia seguinte.
Desespero foi o que ele sentiu. Vociferou comigo ao telefone.
Eu, respondi como ele sempre fazia: me fiz de sonsa, como se não fosse comigo.
Senti prazer. Muito prazer.
Um estalo: encontrei em mim a parte que gosta de machucar o outro, contada no post anterior.
Pude, dessa vez, experimentar os dois lados de uma moeda e, então, fazer escolhas diferentes na minha vida. Tive uma cura.