Essa frase não é minha, mas sim do psiquiatra Ítalo Marsili*.
Sabe aquelas situações do nosso dia a dia em que nos ofendemos com alguém por ter deixado de fazer algo por nós?
Seja consideração, relevância, cuidado, delicadeza. Não importa.
É muito comum estarmos nessa situação, onde culpamos o outro porque não recebemos dele o que esperávamos.
Esse comportamento vem das nossas necessidades infantis não atendidas e que projetamos nas pessoas com quem nos relacionamos. Isso acontece de forma automática e inconsciente, na maioria das vezes.
Nem nos damos conta de que o outro só está lá vivendo a vida dele e que realmente não tem a obrigação de satisfazer nossas carências emocionais.
Também não percebemos que temos essas carências e que, principalmente, não as atendemos. Porque se tem alguém que nos deve atendê-las, “esses alguéns” somos nós mesmos.
Enquanto isso, vivemos projetados pro externo e dificilmente paramos para olhar para dentro de nós e ajustarmos essas distorções que nos habitam e causam sofrimento a nós e aos outros.
Apenas com autoconhecimento é possível transformar esses vícios internos: buscando as dores congeladas no sistema e sentindo-as, como insisto em repetir aqui.
*Ítalo Marsili é, assim como eu, um educador emocional no formato que ele chama de “Terapia de Guerrilha”. Com um jeito polêmico e irreverente, ajuda milhares de pessoas a fazerem sua reforma íntima. Tem voz e abordagem bem distinta da minha. Mesmo assim, respeito-o e admiro o tamanho e o alcance de seu trabalho.