Aqui vos fala uma pessoa que já sentiu muito, mas muuuuuitooo medo.
Já tive muitos episódios de pânico. Nunca tive o diagnóstico, mas acredito já ter tido síndrome do pânico.
Me lembro que, na época, eu tinha medo até de andar de elevador.
Mesmo me trabalhando profundamente na cura de minhas dores emocionais há 11 anos, foi de poucos anos pra cá que eu tive as piores crises.
No início, eu simplesmente as enfrentava sem nenhum cuidado comigo. Era muito sofrido sentir tanto medo e eu me jogava nas situações porque eu achava que era isso que eu tinha que fazer. Com o passar dos anos, essas crises começaram a chegar sem aviso prévio. Assim: do nada. Às vezes eu estava em casa e, de repente, começava a sentir pânico. O corpo esfriava, muitos pensamentos terríveis começavam a me acometer e eu só queria que aquilo passasse.
Depois de um tempo, eu percebi que eu precisava prestar mais atenção ao que me acontecia pra poder finalmente encontrar a cura daquele medo.
Não há nada mais eficiente do que a consciência. Quando observamos o que acontece dentro de nós, no nosso corpo e nos permitimos sentir da forma correta, a consciência se expande e as coisas mudam. É assim com exatamente tudo que a gente sente.
E então, cada mergulho que fiz no medo, junto com diversos tipos de terapia e tantos conhecimentos que busquei com o desejo desesperado de desarticulá-lo dentro de mim, eu encontrei lugares muito sombrios.
Hoje eu vou te contar sobre isso e talvez eu nunca tenha contado isso tão abertamente.
A grande verdade que todos os grandes mestres nos trazem é que não há razão para sentirmos medo. No plano divino, não há nenhuma ameaça. E eu sempre me perguntei: e porque eu não consigo me sentir tão segura e confiante assim com a vida? Foi aí que encontrei lugares que eu nunca imaginaria que existiam dentro de mim. Eles estavam profundamente inconscientes e bem protegidos.
Eram bolsões de ódio e dor que minha alma carregava. Por tê-los dentro de mim, eu sentia medo. Medo da punição, medo da justiça divina. Como eu posso confiar que serei amparada pela vida se, mesmo inconscientemente, eu sei que há partes de mim comprometidas com o mal?
Explicar de onde eles vêm é um tanto difícil sem chocar com crenças religiosas. Mas mesmo assim, estou aqui comprometida em ser o mais transparente possível.
Encontrei registros e experiências dentro de mim que não me lembro de ter vivido. Vidas passadas? Não sei. Às vezes também me pergunto se estou apenas acessando memórias ancestrais que herdei. Mas o fato é que todas sempre pareceram ser eu mesma. Eram histórias de alma que eu realmente não sei te dizer de onde vêm.
Já encontrei ódio de Deus, ódio da humanidade, já encontrei partes da minha alma que estavam comprometidas com o mal mesmo.
Não, não foi fácil. Na verdade, foi muito assustador. Difícil de aceitar, pois eu sempre me dediquei a ser uma boa pessoa. Então, como aquilo tudo podia existir dentro de mim? Mas o fato é que, depois de tantos mergulhos interiores, eu te relato minha experiência e constatação, com a qual você é totalmente livre para discordar:
Guardamos ódio dentro de nós por conta de dores vividas e mal compreendidas. Esse ódio acaba ficando escondido no inconsciente profundo e se tornam “portas abertas para o inferno”. Com isso, redes espirituais comprometidas com o mal entram e acabam nos manipulando. Essas redes (de consciências) são formadas por seres especialistas que sabem como infiltrar pensamentos e provocar toda sorte de sentimentos em nós, nos fazendo agir da forma como eles esperam.
Um grande artifício usado para nos manipular é a culpa. Esse sentimento, se não soubermos como lidar com ele, nos faz sucumbir ainda mais a essas forças e acabamos fazendo mal para nós mesmos e para os outros (sem saber que estamos fazendo).
Por fim, para desarticular o medo dentro de nós, precisamos descobrir e curar todo ódio guardado. Fazemos isso buscando as dores que geraram o ódio e as compreendendo sob a luz da verdade maior.
E, assim, meu medo vem diminuindo gradualmente enquanto me purifico;
Esse post foi profundo ou esotérico demais pra você?
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