Nos últimos 9 dias eu fiz um curso de constelações familiares que me trouxe não só aprendizados teóricos, mas uma vivência profunda e transformadora.
Um dos maiores aprendizados que tive, daqueles de perceber como tem muita coisa pra ajustar na minha vida, é o saber ser pequeno ou ser grande, cada qual com seu momento.
Ser pequena e ser grande nada tem a ver com ser melhor ou pior que alguém. Não envolve inferioridade ou superioridade.
Estamos falando de lugares que nos encaixamos. É uma hierarquia de prioridades que, quando não é respeitada, desequilibra o sistema e traz dor e sofrimento.
Quando vou a um curso e sou aluna, eu sou pequena, quem ensina é grande, afinal chegou antes e, portanto, sabe mais. A idade dos envolvidos não importa nesse caso.
Quando ensino aqui no instagram, nas minhas lives, eu sou grande e quem quer assistir é pequeno. Eu comecei antes, caminhei mais, por isso esse lugar é legítimo.
Meus pais são grandes, eu sou pequena, mesmo que, como filhos, temos a tendência de evoluir a experiência que tivemos.
Percebi que na minha vida, eu estava ainda querendo ser maior que meus pais e que quando precisava ser grande, acabava me submetendo por conta de medos.
Isso mexeu de um tanto em minha vida que tá impossível continuar sendo a mesma.
É nesse conflito que, ao meu ver, residem os complexos de inferioridade e superioridade, que são polaridades de uma mesma coisa.
Quando não sabemos qual é o nosso lugar, tentamos roubar o lugar do outro, nos colocamos acima e não sabemos reconhecer nossa pequenez.
Te ajudo a enxergar isso com meus próprios exemplos, afinal, não me envergonho de expô-los.
Muitas vezes vi alguém em um patamar acima do qual me encontro, tendo conquistado coisas que ainda não conquistei e ousei diminuir a capacidade do outro.
É uma tremenda ARROGÂNCIA pensar: “Quem é essa pessoa que se acha digna de estar nesse lugar?”
Demorei muito para enxergar a verdade escancarada: se ela está lá, é porque está maior que eu. Esse é o lugar dela! E se eu não estou lá, é porque ainda sou pequena e preciso crescer. Esse é o meu lugar!
Outro exemplo: por muito tempo, quando eu ia a lugares onde tinha um palestrante, eu sempre queria falar também, trazer uma contribuição. Era uma inquietação gigante que não me permitia conter o meu desejo de expressão.
Hoje eu vejo que não respeitei o lugar da pessoa, como maior. E não soube me colocar como pequena e, sendo assim, ficar na posição de receber e não de dar.
Hoje vejo isso como um grande desrespeito que ainda estou aprendendo a corrigir.
A arrogância é uma expressão do orgulho, que é algo difícil de dobrar. Orgulho ferido, já ouviu falar? Ele esconde nossas fraquezas, pois queremos sempre parecer grandes.
Por isso, meus amados. Hoje eu convido vocês a um novo olhar.
Esse olhar está me trazendo, por incrível que pareça, paz. Pois é mais leve ser pequeno quando devo e também é mais leve ser grande quando também devo.
Se esse texto te fez refletir, deixe seu comentário me contando sua experiência. Isso é importante para que eu traga mais conteúdos assim.
Um abraço,
Dani Carneiro