Palavras sempre são insuficientes para falar sobre o processo de autoconhecimento.
A verdade é que essa caminhada é extremamente libertadora e a saída para todos os nossos problemas.
Mas não é fácil. Não é fácil. Dói bastante!
Aprender é difícil e, muitas vezes, nós sabemos o que fazer e ainda assim não fazemos.
Sabemos a resposta e ainda assim escolhemos o autoengano.
Os resultados nem sempre são tão rápidos. Quanto mais profunda é a questão, mais tempo se demora para curá-la.
Não se cura tudo de uma vez, mas sim em camadas. Como uma cebola, onde removemos pétala por pétala.
E há de ser assim mesmo, pois tudo de uma vez não damos conta.
São milhares de vidas repetindo os erros, mergulhados na ignorância da nossa inconsciência.
É natural que um porão que não é aberto há milhares de anos tenha muita poeira e coisa que não serve mais. Tem também tanta coisa de um velho tempo que nem sabemos mais o que significa, pra que serve.
Limpar esse porão é sufocante, cansativo, turbulento.
O início do caminho nós flertamos com a porta desse porão. Mas quando chegamos no ponto de abri-lo, é como se entrássemos num mar revolto: nos afogamos.
Quando estamos prestes a morrer, um gole de ar nos revive e conseguimos subir de novo pra superfície. Achamos que estamos salvos.
Logo vem outra onda. E nos leva pro fundo de novo.
Assim ficamos ali, como um bicho que fica se debatendo após ser pisoteado.
É preciso ter disposição para morrer, ressignificar a morte e entender como um processo NECESSÁRIO.
Morrer pro que dói, morrer pras histórias que estão vinculadas a essas dores, morrer para a ilusão do eu.
O Eu não existe. Somos todos um.
Afetamos e somos afetados, o tempo todo. Fazemos doer e nos dói. Nem sempre no mesmo momento, mas tudo é a mesma coisa.
E quando é que vamos acordar, hein? Quando é que vamos acordar?