Contei pra você as quatro maiores lições que tive ao viver traições e agora venho aqui concluir o assunto.
Enquanto eu vivia a história como vítima, eu me sentia impotente e injustiçada.
Mas o que pude ver ao longo do tempo é que cada situação que eu vivi, eu criei pra mim.
Essa criação foi a junção do meu consciente e do meu inconsciente. E foi libertador quando eu pude ver que tinha algo em mim que atraiu isso.
Sim, foi libertador porque eu não aguentava mais viver essa situação e eu queria resolvê-la.
Encontrar em mim simbolizava a chave da porta de saída de um labirinto doloroso no qual eu passei anos da minha vida perdida.
Estar no papel de vítima é extremamente prazeroso: encher a boca pra falar o quanto fulano foi cruel comigo…
Esse prazer também foi visto por mim de perto. Eu não imaginava que ele existia, mas quando decidi encarar A VERDADE, eu pude ver que eu realmente tinha um ganho estando nesse papel.
De alguma forma, ser vítima atraía os olhares piedosos e eu ganhava uma certa atenção. Além disso, me trazia uma sensação de ser especial. Que louco isso, né?
Pois é. Mas quando a gente encara a verdade de vez, essa criação chega a dar ânsia de vômito.
É tão neurótico e tão perturbador o que fazemos com a gente mesmo para ficarmos vinculados a uma guerra sem sentido…
Eu não teria conseguido sair dessa estrutura se eu não tivesse topado viver essas experiências com esses homens desafiadores com quem eu me relacionei e aprendi muito.
Se eu tivesse fugido do compromisso, fugido de viver essas histórias com eles, eu jamais teria saído do lugar e encontrado o meu príncipe atual. Hoje sou grata e os honro.
Além disso, foi muito surpreendente ver o papel do feminino no meio disso tudo e ter me acordado para enxergar o quanto eu traía os femininos e não confiava neles.
Por isso, queridos, não importa em que lado da situação você esteja, eu te convido para a autorresponsabilidade!
Só ela é capaz de nos tirar desses emaranhados de dor que criamos pra gente.
Eu desejo que cada um de nós possa viver o amor de forma plena, pura e profunda ainda nessa vida.
Agora quero perguntar às pessoas que já foram traídas: essa série trouxe alguma luz para o processo de autoconhecimento de vocês?